segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Falando a alunos da Escola Estadual Frutuoso Pereira de Moraes

No dia 31 de outubro, estive na Escola Frutuoso Pereira de Moraes falando aos alunos do 3° ano sobre minhas experiências profissionais, junto com outros convidados ... Foi uma grande satisfação contribuir com o processo educacional destes bons alunos... Agradeço aos alunos do 1° semestre de Pedagogia da Univesp Cajati pelo convite e pelo lindo projeto desenvolvido !!!







quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Sempre aprimorando, agora sou também Palestrante Odac

No dia 21 de Outubro na Câmara de Vereadores de São Paulo , após seletivas, testes de câmera, e comprovação de documentos , fui habilitado Palestrante Odac - Organização do Aluno Consciente, sempre com o intuito de aprimorar e qualificar cada vez mais minhas atividades.













“Se Sujar” Educa: o que as crianças aprendem se sujando?

Por: Toda Criança Pode Aprender

Alguns adultos ficam muito ansiosos quando percebem que as crianças estão em contato com a sujeira. Isso pode derivar de uma preocupação com a saúde dos pequenos. Entretanto, conforme apontamos aqui, médicos, pediatras e outros especialistas indicam que ambientes com algum grau sujeira são importantes para que a criança crie anticorpos e fortaleça seu sistema imunológico.
Mas para além dessa vantagem para o organismo, o que mais será que as crianças desenvolvem quando se sujam?
Um dos primeiros contatos que temos com o mundo é por meio do tato. Levar objetos à boca, manuseá-los e movimentar-se no espaço são formas de exploração que permitem que a criança comece a assimilar aquilo que está à sua volta. Essas sensações corporais são registros fundamentais que darão base para que o pensamento se torne cada vez mais sofisticado e também para a construção da identidade.
A intensa aproximação com o ambiente muitas vezes resulta em sujeira! Afinal, como morder uma fruta suculenta sem se lambuzar? Como brincar na areia do parque sem encardir as roupas e as mãos? Como pintar e desenhar sem manchar a camiseta?
Se sujar é também uma consequência de explorar diferentes materiais  e descobrir como se comportam. Os líquidos se espalham rapidamente, escorrem, espirram. Os sólidos não, mas podem liberar algum tipo de resíduo ao serem tocados ou esfregados. Certas misturas são mais pegajosas e grudentas do que outras. Alguns alimentos e bebidas mancham, outros não. Certos pigmentos podem deixar marcas permanentes, outros saem facilmente. E assim por diante!
Todas essas percepções cotidianas ajudam a criança a compreender como o mundo funciona, como as substâncias interagem e de que maneira podem reagir a elas no espaço. Assim, aos poucos ela aprende, por exemplo, que precisa manusear com cuidado um recipiente com tinta para não derrubá-lo e que a água que cai no chão evapora e seca depois de um tempo.
Essas experiências vão refinando sua motricidade e ensinando que tipo de força e movimento precisam ser aplicados em que situações. Além disso, elas possibilitam que a criança entre em contato com as ideias de “destruição” e “criação”, “permanente” e “efêmero”. A construção desses conceitos ajuda a elaborar não só as situações concretas percebidas em relação aos materiais e aos objetos, mas também às vivências afetivas.
Vale ressaltar também que a sujeira e a higiene estão relacionadas à liberdade e ao cuidado com o próprio corpo e que encontrar, com auxílio dos mais velhos, um modo de equilibrar esses aspectos faz parte da aprendizagem e da elaboração da autoimagem da criança.
O papel dos adultos é o de potencializar as oportunidades para que a criança explore o mundo e se desenvolva, tomando os cuidados necessários para que ela não se coloque em risco. Assim, permitir que os pequenos se sujem é algo que faz parte do cotidiano.
Considerando a importância que essas interações têm na infância, a equipe do Toda Criança Pode Aprender desenvolveu um aplicativo chamado Apprendendo, que dá aos adultos algumas dicas e sugestões de como aproveitar os momentos da rotina para favorecer as aprendizagens infantis. Baixe gratuitamente em seu dispositivo móvel de sistema Android ou iOS!!


*O blog Toda Criança Pode Aprender, que nasceu em 2013 de um compromisso com a Clinton Global Initiative, oferece um conjunto de reflexões e exemplos de como as crianças demonstram cotidianamente o quanto já sabem e se perguntam sobre o mundo ao seu redor. Por meio de referências concretas, o projeto visa abrir o olhar dos adultos para o fato de que a aprendizagem é um processo contínuo que permeia todos os momentos da vida de toda criança e pode ser potencializado pelos adultos com os quais convivem por meio da promoção de interações significativas com o universo que a rodeia.

O poder da escuta durante o atendimento de vítimas de violências


Uma das grandes contribuições da Lei que garante a Escuta Protegida é a preocupação com a voz das crianças e dos adolescentes vítimas de violências sexuais. Métodos como o depoimento especial e a escuta especializada, por exemplo, foram implementados durante o atendimento para tornar esse processo menos doloroso e complicado.
Para entender esses e outros benefícios, conversamos com a psicanalista Graça Pizá, pesquisadora da área de violências sexuais contra crianças e adolescentes e produtora do filme afetosecretos (2009), que teve apoio da Childhood Brasil.
Você já ouviu falar sobre a escuta psicanalítica? Saiba mais:
1) O que é a escuta psicanalítica? Qual a relação dela na escuta forense?
Esse tipo de escuta pressupõe, primeiramente, um psicanalista capacitado a tratar a vítima com intenção de tratamento. Seu objetivo será sempre eliminar ou diminuir o sofrimento de uma angústia por meio da identificação de sinais de abuso. Assim, a escuta psicanalítica é uma proposta de intervenção profissional no sofrimento causado pela violência sexual.
A escuta forense, por sua vez, não configura um tratamento, mas é direcionada ao ocorrido e busca a voz da criança, que tem valor. Para um atendimento aprofundado, é importante que os dois tipos aconteçam em conjunto.
2) Qual o grande benefício proporcionado pela escuta psicanalítica durante o atendimento de vítimas de violência sexual?
Em casos de violência sexual, é importante que a criança seja acolhida em ambientes especiais. E isso é previsto pela implementação dos Centros de Atendimento Integrado, locais que fazem uso das escutas forense e psicanalítica. Acredito que o uso conjunto desses dois métodos seja o grande benefício proporcionado pelos psicanalistas durante o processo de atendimento.
3) A escuta psicanalítica ajuda a suavizar os traumas e sofrimentos causados pela violência sexual?
Com certeza, afinal a vantagem desse tipo de escuta é que o psicanalista seja especializado em encontrar sinais e signos que a criança abusada transmite durante uma conversa, por exemplo. O profissional sabe identificar quando a vítima está vivendo uma experiência adulta em um corpo de criança e esse é o primeiro passo para poder ajudá-la.
É importante que a criança consiga expressar o que está sentindo, seja por palavras ou sinais. Durante o depoimento, esse tipo de escuta voltada para a vítima traz muitos benefícios.
Fonte: www.childhood.org.br

Atiramos para todos os lados e seguimos errando no ensino médio

Por: Érica Fraga

Um estudo divulgado nesta semana atribui estatísticas sólidas a uma de nossas maiores catástrofes: o afastamento dos jovens da escola.
A pesquisa conduzida por Ricardo Paes de Barros, economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper, revela que o número de brasileiros de 15 a 17 anos –faixa etária compatível com o ensino médio– soma 10,3 milhões.
Desse total, 2,8 milhões perdem o rumo da escola por variados motivos.
Parte significativa (1,5 milhão) nem chega a se matricular no início do ano, outra parcela (700 mil) para de frequentar as aulas antes do fim do período letivo e outra fatia (600 mil) é reprovada por faltas.
O pesquisador não inclui na conta outros 600 mil que repetem por baixo desempenho, o que não necessariamente inclui desengajamento, embora ele possa ser a –ou uma– causa da dificuldade de aprendizagem.
O estudo –que, além de Insper e Instituto Ayrton Senna, teve apoio da Fundação Brava e do Instituto Unibanco– elenca as inúmeras possíveis causas do afastamento do jovem.
Muitas podem soar como obviedade, mas normalmente não povoam nossas análises sobre o tema, que tendem a focar excessivamente a falta de qualidade do ensino.
A dificuldade da escola em ser atrativa repele o adolescente. Essa é uma das pautas urgentes da educação brasileira.
Há outros motivos pessoais e sociais, porém, que se interpõem entre o jovem e a escola e também precisam ser considerados e atacados. A lista é longa e inclui gravidez precoce, violência, necessidade de trabalhar, distâncias longas a serem percorridas, baixa resiliência emocional.
São problemas muito mais próximos de famílias de baixa renda, que, ao afastar o adolescente da escola, contribuem para perpetuar sua situação de pobreza.
A pesquisa de Paes de Barros tenta dimensionar os variados custos do problema para os jovens em nível pessoal (como menor renda futura devido à baixa escolaridade) e para a sociedade.
A evasão e a repetência fazem com que os recursos usados para manter uma criança na escola precisem ser integralmente desembolsados novamente, não raro mais de duas vezes.
Há ainda os custos associados às consequências negativas da formação educacional precária, como a maior probabilidade de envolvimento com violência.
Falei um pouco neste espaço sobre essas questões, em novembro do ano passado, quando escrevi sobre os resultados então preliminares das investigações de Paes de Barros nesse sentido.
Mas outro aspecto muito interessante que a pesquisa recém-divulgada traz à tona é a mobilização que já existe para tentar combater esse problema.
Os autores do estudo fizeram um mapeamento detalhado de mais de cem iniciativas adotadas –entre diferentes Estados ou pelo governo federal– para atacar diversas causas do baixo engajamento juvenil com a escola no Brasil.
O fato de não estarmos de braços cruzados é um alento.
O difícil é entender por que, a despeito dos esforços, estamos estagnados em relação ao aumento das matrículas dos jovens nas escolas, o que tem feito com que 74% dos países avancem mais rapidamente do que o Brasil rumo à universalização nessa faixa etária.
Uma pista talvez passe por não termos ainda uma cultura consolidada de avaliar os resultados das políticas que elegemos e implementamos.
Sem uma maior clareza sobre a eficácia das diversas iniciativas que consumem recursos públicos e privados em prol da educação, será difícil identificarmos quais delas deveriam ser ampliadas, copiadas e aprimoradas.
Se parte dos recursos investidos no combate à evasão juvenil escolar estiver indo para o ralo empurrada por resultados nulos, a conta do desperdício só aumentará.


*Érica Fraga é jornalista com mestrado em Economia Política Internacional no Reino Unido. Venceu os prêmios Esso, CNI e Citigroup. Escreve sobre educação, às quartas, na Folha de S. Paulo.

Participação e entrevista no Programa Exporte Vale, contei toda a história do Conselho neste programa !!!

PARA ASSISTIR O VÍDEO NA ÍNTEGRA BASTA CLICAR  NA IMAGEM E FAZER O LOGIN NO FACEBOOK