quinta-feira, 30 de março de 2017

Jogo educativo para incentivar o hábito da leitura



Por: Jéssica Mattoso da Fonseca e Denise Rios Vahrenkamp

Você acha que ler é importante para a educação dos seus filhos, mas eles só se interessam por joguinhos em computador e iPad? Pais que desejam formar crianças leitoras estão começando a entender que a tecnologia pode ser grande aliada na educação. Foi pensando nisso que criamos o Devoradores de Livros, site de incentivo à leitura, que ensina, estimula e diverte, além de complementar o ensino infantil.
A plataforma faz uso da tecnologia aplicada à educação literária, é voltada para séries iniciantes e funciona assim: ao ler um livro na biblioteca, em casa ou no tablete, a criança procura se o quiz da obra está disponível (há uma lista bem grande no site), a criança, então, responde ao jogo de perguntas e respostas sobre o livro, e é premiada, virtualmente, de acordo com o seu desempenho. À medida que vai acertando as questões, o leitor pode trocar as “moedas” que ganhou por acessórios para turbinar seu avatar [mascote].
O site foi criado a partir da nossa própria experiência. Guilherme, filho da Jéssica, conheceu plataforma semelhante em uma escola alemã. Empolgado, leu mais de 50 livros em um ano e pediu para fazer quizzes de títulos brasileiros também. A vontade de ler e brincar com histórias de livros nacionais, respondendo aos quizzes, nos levou a pesquisar e buscar a conceituação pedagógica necessária para a criação de um site adequado à realidade brasileira. 
A ideia do Devoradores de Livros é trazer, em alguns anos, o maior número de quizzes para que a criança possa encontrar seu livro predileto. Hoje, cerca de 600 títulos/jogos estão disponíveis para crianças e escolas do País. A plataforma está em fase de teste em instituições da rede municipal do Rio de Janeiro. Nas escolas, com o acesso às bibliotecas e salas de leitura, a criança decide entre as várias opções de livros e pode refinar sua escolha, encontrar seu perfil e se tornar o autor de sua própria leitura. É importante que a escolha do livro seja feita livremente pela criança, de acordo com seus interesses, faixa etária e fluência. A leitura, então, passa a ser feita com atenção, pois as crianças querem ter certeza de que irão ganhar pontos ao marcar respostas corretas.
A proposta do site parte do princípio de que a leitura é uma atividade que demanda iniciação e que uma das maneiras mais eficientes de promovê-la é oferecer um “banquete” de livros às crianças. O estímulo pela brincadeira se transforma em atividade espontânea e a criança se torna devoradora [de livro] à medida que é exposta a diversos autores, ilustrações e temas, tendo mais chance de gostar do que lê.


sexta-feira, 24 de março de 2017

Por que colocar as crianças na escola aos 4 anos?

Por: Viviane Stacheski*


No ano passado foi sancionada a Lei 12.796/2013, que tornou obrigatória a educação dos 4 aos 17 anos. Com isso, toda criança deve ingressar no ambiente escolar com a mesma idade, independentemente da classe social ou dos ideais que seus pais defendem.
Reconhecendo a importância da educação infantil para o desenvolvimento global da criança, é interessante parar e analisar essa determinação, considerando dois cenários diferentes. Um deles tem as crianças que são cuidadas por pais ou pessoas que se preocupam com os cuidados físicos, mas não com o cognitivo. Para elas, o ingresso antecipado na escola é sinônimo de mais oportunidades para o desenvolvimento físico, emocional, psicológico e social. Nesse caso, elas estarão mais aptas para o processo de alfabetização e mais familiarizadas com o ambiente escolar.
Por outro lado, existem aquelas crianças que têm a oportunidade de conviver com pais que se fazem presentes e, além do cuidado físico, também se preocupam com o aspecto cognitivo e cultural, promovendo muitas atividades que possibilitam o desenvolvimento em todas as áreas. Esses pais, por vezes, não gostariam de colocar seus filhos “tão pequenos” na escola.
Mas iniciar a vida escolar com 4 anos faz bem para a criança e o Brasil também se beneficia. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil ocupa o 84.º lugar em tempo de estudo – com uma média de 7,2 anos, contra 12,6 anos do primeiro colocado. O ingresso aos 4 anos é uma tentativa de atingir o que é indicado pelo Pacto Nacional da Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), em que se propõe que os alunos estejam alfabetizados até o fim do terceiro ano do ensino fundamental (antiga segunda série), ou seja, com 8 anos. Essa meta de alfabetização foi estabelecida pelo Plano Nacional de Educação (PNE) em junho de 2014.
Estabelecer um pacto para que a alfabetização ocorra até os 8 anos é uma tentativa de diminuir as diferenças de desenvolvimento, especialmente pelo fato de que muitas escolas iniciam esse processo antes mesmo do primeiro ano do ensino fundamental, enquanto outras deixam todos os estímulos para serem iniciados nessa idade, gerando uma alfabetização tardia. E por que falar de alfabetização se o assunto é o ingresso da criança aos 4 anos na escola? Porque defende-se que é na fase dos 2 aos 7 anos – intitulado de estágio pré-operatório – que são desenvolvidas a linguagem, o simbolismo e a internalização das ações exteriores, todos promovidos pela educação infantil. Todos os processos de aprendizagem estão interligados.
Apesar de dividir opiniões, a oportunidade de entrar antes na escola dará subsídio para desenvolvimentos posteriores, inclusive para a alfabetização. Além disso, o maior tempo de permanência do aluno na escola ajuda o país a ocupar um posicionamento melhor no ranking mundial.

Publicidade
*Viviane Stacheski é coordenadora dos cursos de pós-graduação em Letramento e Educação Infantil e Alfabetização do Centro Universitário Internacional Uninter.
[Fonte: Gazeta do Povo]

Assessorando e acompanhando os trabalhos parlamentares junto ao Vereador Ariovaldo Silveira


Imprensa local fazendo menção ao nosso serviço de assessoria

http://taipatv.blogspot.com/2017/01/vereador-cajatiense-contrata-assessor.html?spref=fb

VEREADOR CAJATIENSE CONTRATA ASSESSOR

Vereador contrata assessor parlamentar para auxiliar na tarefa legislativa e faz declaração publica de transparecia.

Ari e Lincon Carvalho.
Dando continuidade ao compromisso firmado com a população de atendê-los adequadamente fazendo o melhor dentro dos limites que a lei estabelece, informo que com recursos próprios firmei parceria com Lincoln Carvalho, Consultor Social, que será meu Assessor Parlamentar e cumprirá horário na Câmara Municipal para ouvir a todos que necessitem de meus trabalhos, estamos tratando dos acertos legais para isso e acreditamos que já na próxima semana ele estará disponível, Obrigado mais uma vez a todos pela confiança e juntos vamos fazer de 2017 um grande ano.

Por que precisamos falar sobre 3,5 milhões de crianças fora das creches?


Por: Eduardo de C. Queiroz*


O Brasil tem avançado na atenção às suas crianças. A aprovação do Marco Legal da Primeira Infância, em março de 2016, por exemplo, foi um dos resultados práticos do crescente entendimento de que investir nessa fase da vida, do nascimento aos seis anos, pode realmente mudar o destino das pessoas e do próprio país.
Entretanto, dados alarmantes nos lembram que ainda existe muito a avançar: segundo o IBGE e a ONG Todos pela Educação, 3,5 milhões de crianças de zero a três anos estão fora das creches. E a ciência nos alerta que esse número é extremamente significativo para a perspectiva de desenvolvimento futuro de uma nação. James Heckman, vencedor do Nobel de Economia, protagonizou um estudo que ressaltou a importância do investimento na primeira infância: cada US$ 1 empregado nos primeiros anos de vida produz um retorno de pelo menos US$ 7 no cidadão adulto (veja o infográfico). De acordo com Heckman, esse resultado não se compara sequer ao melhor desempenho registrado na bolsa de valores.
Somadas à pesquisa do economista norte-americano, descobertas conjuntas de áreas como economia, psicologia, neurociência, e outras, apontam para a forte correlação entre os comportamentos e valores do indivíduo adulto e aquilo que se plantou no início da vida. Uma boa analogia para compreender esses conceitos é comparar o desenvolvimento do ser humano com a construção de uma casa. Sua fundação e seus pilares precisam estar bem construídos. Caso essas estruturas não recebam os devidos cuidados, poderão ficar sujeitas a problemas futuros. A ciência demonstra que uma infância de muitas carências tende a levar a uma adolescência e uma vida adulta com possíveis dificuldades que poderiam ser evitadas, como obesidade, abandono da escola, dependência química, aumento de índices de violência e até o encarceramento.
Tudo começa na formação do cérebro humano. Só nos dois primeiros anos de vida, essa “máquina” maravilhosa realiza cerca de 700 conexões neurais a cada segundo. Até os quatro anos de idade o cérebro já desenvolveu praticamente 90% de sua estrutura. Um processo que acontece tanto pela influência genética como também pelos estímulos externos que os bebês recebem dos pais e adultos a sua volta (avós, tios, educadores etc.) e do meio onde vivem.
Entornos conturbados, nutrição inadequada, falta de estímulos, violência e negligência constantes causam aquilo que os especialistas chamam de “estresse tóxico”, prejudicando o desenvolvimento cerebral, que, como a ciência nos diz, tem o poder de impactar enormemente a fase adulta. O infográfico apresenta temas como parto normal, incentivo à amamentação exclusiva até os seis meses, ampliação das licenças-maternidade e paternidade, creches e pré-escolas de qualidade — alguns dos pontos que devem pautar iniciativas focadas nos primeiros anos de vida. Programas de primeira infância de qualidade consideram o desenvolvimento integral da criança e isso demanda políticas públicas que envolvam Educação, Saúde e Desenvolvimento Social, acompanhando as necessidades atuais de uma sociedade em evolução, enxergando o longo prazo com um olhar integrado.
Iniciativas alinhadas com esses fundamentos já têm surgido nos governos municipais, estaduais e federal. Para garantir o nível e a eficiência de tais programas, serviços e políticas, estes precisam estar respaldados por monitoramentos e avaliações efetivas, que tragam aos seus gestores dados que orientem ajustes progressivos e o aperfeiçoamento de estratégias. Só assim é possível assegurar que as intervenções não se percam em meio a burocracia, interesses individuais, políticos e em metas inalcançáveis. Caso contrário, mais desperdício dos recursos públicos e falta de perspectivas de bem-estar serão contabilizados na história das novas gerações, comprometendo a qualidade de nosso capital humano.
Precisamos falar sobre as crianças fora das creches, bem como das demais necessidades que não estão sendo supridas para cada uma delas. Investir nos primeiros anos de vida traz benefícios à sociedade, ajudando o país a investir em seu desenvolvimento humano, político, social e econômico de maneira íntegra e sustentável. Se não estamos dando a devida prioridade para a primeira infância, estamos falhando como sociedade.

*Eduardo de C. Queiroz é formado em Administração de Empresas com especialização pela Fundação Getúlio Vargas e mestrado em Administração Pública pela Harvard Kennedy School of Government (Mason e Lemann fellow). Desde fevereiro de 2011 é diretor-presidente da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal. É membro voluntário dos Conselhos das ONGs Espro, United Way Brasil e Outward Bound Brasil.
[Fonte: Nexo Jornal]

Participação e entrevista no Programa Exporte Vale, contei toda a história do Conselho neste programa !!!

PARA ASSISTIR O VÍDEO NA ÍNTEGRA BASTA CLICAR  NA IMAGEM E FAZER O LOGIN NO FACEBOOK